Solúvel brasileiro tem selo promocional

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Maior exportador mundial de café solúvel e segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil está se movimentando, através da Associação Brasileira das Indústrias de Café Solúvel (ABICS), para ampliar a distância que mantém em relação a países concorrentes. Ocorre que, não obstante ter a posição de líder que sempre manteve nesse mercado, com receita cambial de 600 milhões de dólares em 2018, ela parece estar sob ameaça.

O concorrente mais próximo é o México (seguido da Coreia do Sul e da Alemanha), enquanto nas exportações a liderança brasileira é mais apertada, com a Alemanha em segundo lugar, seguida da Índia. Com exceção do México, que de acordo com as variantes das colheitas oscila entre o oitavo e o 11º posto na produção de café, os países citados não têm um único pé dessa rubiácea plantado em seu solo. Embora o volume exportado tenha aumentado, a receita em dólares não acompanhou essa elevação, fato registrado também no primeiro semestre de 2019 em relação ao ano passado (+ 9,6%). Vale dizer que o Brasil vende mais e ganha menos.

Para superar esse gap, a ABICS, em parceria com a Apex, acaba de lançar uma marca setorial (um selo) para o café solúvel brasileiro, de modo a “fomentar o mercado interno e expressar maior evidência ao mercado internacional”, nas palavras de Aguinaldo Lima, diretor de relações institucionais da entidade empresarial.

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O selo consiste nas imagens de dois pires, um contendo grãos de café e outro apoiando uma xícara da bebida pronta, seguida dos dizeres “Crie & Curta Café Solúvel Brasil” (“Explore & Enjoy Instant Cofee Brazil”, na versão em inglês). Criada pela agência GAD, a marca visa promover a experiência de consumo do produto, mostrando a variedade de processos produtivos, de tipos de grãos de café presentes unicamente no Brasil (Arábica, Robusta e Cornilon) e a riqueza de possibilidades no uso em receitas. A imagem será aplicada nas embalagens do produto exportado e nas destinadas ao consumo local. No mercado interno a pretensão para o mercado interno é dobrar o consumo, hoje de 5% em volume do total de café (2% em faturamento) nos próximos cinco anos.

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