A verdade sobre as barras coloridas em embalagens de leite longa vida

Barrinha colorida

Leite longa vida acondicionado em embalagens cartonadas que apresentam barras coloridas no fundo têm sido alvo de fake news. Segundo os boatos que circulam pelas redes sociais e por grupos de WhatsApp, as barrinhas seriam uma indicação de que o leite foi reprocessado pela indústria, procedimento que não existe. As barras coloridas são, na realidade, o controle da qualidade da impressão da embalagem, conforme normas estabelecidas para o processo gráfico de impressão por flexografia.

A produção das embalagens cartonadas começa nas fábricas da Tetra Pak, onde a identidade visual de cada produto é impressa em papel-cartão. Na sequência, as camadas de plástico e a de alumínio são integradas à de papel para formar as seis camadas da caixinha. Por fim, são cortadas e encaminhadas em bobinas para as fábricas dos clientes, para posterior envase.

Para a impressão, a companhia utiliza a técnica de flexografia, processo realizado com chapa em relevo, conhecida também como clichê. “A impressão de barras coloridas é uma das etapas do processo de impressão. Elas ajudam a assegurar que as cores estampadas nas embalagens estejam na tonalidade adequada e ocupando os espaços corretos”, explica Ricardo Granuzzio, especialista em impressão da Tetra Pak.

bobinaComo mais de uma embalagem é impressa ao mesmo tempo, não há necessidade de imprimir o teste de cores em todas as unidades. Por isso, as impressoras realizam as marcações de forma intercalada, o que refletirá em bobinas com fileiras de marcação também intercaladas. Consequentemente, essa sequência estará no momento de envase dos produtos e na disposição no ponto de venda. Deste modo, os consumidores conseguem observar que muitas caixas compostas por 12 embalagens de leite longa vida, por exemplo, trazem metade das embalagens com o teste de cores e a outra metade sem a marcação.

Após a impressão e a sobreposição das camadas que irão garantir a proteção do alimento na caixinha, as lâminas são cortadas em faixas e enroladas, formando as bobinas. “As bobinas são enviadas para as empresas fabricantes de alimentos e bebidas, onde são encaixadas em máquinas próprias de envase asséptico, responsáveis por transformar cada rolo em conjuntos de caixinhas em um processo totalmente mecanizado, sem contato manual”, completa Ricardo.

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