Indústria gráfica registra queda em 2015

A indústria gráfica brasileira encerrou o ano passado com o pior desempenho desde 1985, diante da forte queda nas encomendas registradas pelos segmentos promocional, editorial e digital.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), o setor deve ter fechado 2015 com queda de 15% na produção física, pior do que a expectativa de retração de 1,1% calculada no início do ano e do que a previsão revisada, que apontava baixa de 7,5%. “A redução do nível de atividade econômica no país se refletiu fortemente na indústria e o segmento menos penalizado foi o de embalagens, que está mais ligado a consumo, e deve ter fechado o ano com queda de 5%”, diz o presidente nacional da Abigraf, Levi Ceregato.

No terceiro trimestre, a produção gráfica encolheu 17,4% na comparação anual, conforme a entidade, pressionada também pelo segmento de embalagens, que mostrou queda de 7%. Frente ao segundo trimestre, o declínio foi de 4,1% e, para o curto prazo, a expectativa era a de nova queda da produção, diante da percepção de que os ajustes de estoques ainda não estavam encerrados.

O desempenho negativo, porém, não foi acompanhado pela indústria de papéis para embalagens, que tem direcionado volume crescente de produção ao mercado internacional. Com essa estratégia, as papeleiras garantiram queda de apenas 0,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo intervalo de 2014.

Para 2016, a expectativa é a que a indústria recupere a baixa do ano passado e ainda avance ao menos um ponto percentual em termos de produção, acredita a Abigraf.

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