Tampas: a compressão ganha novos mercados

Artigo técnico, por Jorge Palao

Jorge Palao é engenheiro mecânico especialista em transformação de plásticos e diretor da EMTSA

Jorge Palao é engenheiro mecânico especialista em transformação de plásticos e diretor da EMTSA

Desde o início do processo, a fabricação de tampas por compressão era destinada a grandes volumes de produção, principalmente para o mercado de tampas de água e refrigerantes, que em geral podiam justificar o grande investimento.

Mas com a entrada de outros concorrentes no mercado este processo tornou-se viável para outros segmentos, como farmacêutico, alimentício, cosmético e incluindo outros tipos de peças como, copos dosadores para medicamentos

O sistema de compressão tem atraído muitas empresas focadas na redução de custos de produção, que comparado ao sistema de injeção, apresenta uma redução significativa de 40% a 50% no consumo de energia. Essa redução está relacionada principalmente à temperatura de processo de 15% a 20% menor, resultando na diminuição do consumo de energia para aquecimento da massa fundida e resfriamento das tampas conformadas.

Outro fator determinante no baixo consumo de energia é não existir um “gate”, ou ponto de injeção, já que no sistema de compressão a dose de material em forma de “gota” é depositada na cavidade. Isso  também resulta em um menor nível de stress do produto terminado, que significa melhores propriedades mecânicas e estabilidade dimensional.

Mais um diferencial é a não existência de câmara quente, resultando em menores custos de investimento, manutenção, facilidade de troca de cor etc. A ausência de ponto de injeção, também, confere um acabamento diferenciado, melhorando a aplicação de logomarcas em baixo relevo ou impressões.

No sistema de compressão os moldes são individuais, resultando facilidade na manutenção e lubrificação periódica, necessitando apenas ter três ou quatro cavidades adicionais para fazer uma retroca periódica, dessa forma reduzindo consideravelmente o tempo de máquina parada.

É importante considerar que a posição vertical-axial do molde de compressão garante uma longa vida útil se comparado ao molde de injeção, que trabalha horizontalmente e carregando o seu próprio peso.

A somatória entre o baixo valor de investimento e menor custo de produção no sistema de compressão tem sido um fator muito importante na tomada de decisões para muitos transformadores de plásticos do mundo inteiro.

DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O extrusor trabalha de maneira contínua, plastificando o material que é cortado em doses precisas e depositado em cada cavidade. Um sistema hidráulico fecha os moldes imediatamente após receber as doses de material em estado pastoso para conformar a peça e começar o ciclo de resfriamento.

 

 

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