Negócio social capacita grupos produtivos de baixo poder aquisitivo

Projeto pioneiro, criado em 2008, a Asta vem se firmando como um negócio social com crescimento contínuo, que hoje faz a diferença e transforma a realidade de 50 grupos produtivos de regiões de baixo poder aquisitivo. Através de múltiplos canais de vendas – venda direta, e-commerce, empresas e loja física – a Asta leva aos consumidores produtos de design feitos à mão. São itens de decoração e acessórios, cheios de histórias,peças únicas, sendoa maior parte criada a partir do reaproveitamento de diferentes materiais.

Nessa cadeia de produção entram a criatividade e o talento de verdadeiros artistas que, hoje, encontram na Asta a possibilidade de aperfeiçoarem seus processos produtivos e chegarem ao público consumidor. O modelo de trabalho da Asta valoriza quem produz, respeita o meio ambiente e cria relações econômicas justas para toda a cadeia. “ O principal objetivo da Asta é transformar produtos e pessoas. Atuamos no sentido de capacitar e abrir portas para grupos produtivos da base da pirâmide, com distribuição justa dos lucros e reaproveitamento de materiais, em uma cadeia do bem, na qual todo mundo se beneficia”, explica Alice Freitas, idealizadora e coordenadora executiva da Asta.E completa: “A Asta é um negócio social que une, de um lado, talentos que produzem design com as mãos e, do outro, quem é apaixonado por esses produtos. No recheio, um modelo de comércio justo e desenvolvimento social. Este é um tema recente, mas que já se apresenta como uma solução viável para o capitalismo do futuro. São modelos de empreendimentos que combinam a viabilidade econômica com o impacto social positivo”.

O processo criado pela Asa começa com a seleção de grupos produtivos formados por mulheres, moradoras de regiões de baixo poder aquisitivo (90% do estado do Rio de Janeiro e 10% em outros estados). Atenta à importância do desenvolvimento e capacitação dessas artesãs, a Asta oferece treinamentos e apoio à criação das coleções. O passo seguinte é a escolha dos melhores produtos – entre acessórios, itens de moda e decoração – mais de 80% feitos a partir do reaproveitamento ou reciclagem de diferentes materiais. Os produtos seguem, então, para os canais de venda: venda direta (por catálogo), e-commerce, loja física (Sâo Paulo e Rio de janeiro) e empresas (brindes corporativos sustentáveis). Através desses canais, a Asta faz a conexão entre os grupos e pessoas apaixonadas por design feito à mão, contribuindo para que produtoras gerem renda e sobrevivam financeiramente.

No sistema de venda direta da Asta, as peças são vendidas por conselheiras, termo usado para designar pessoas que acreditam no comércio justo e que podem aconselhar sobre a importância do consumo consciente. De posse de um catálogo, vendem diretamente aos consumidores finais, numa forma de venda parecida com a de grandes redes de cosméticos. “As conselheiras da Asta vendem não só os produtos, como também o que trazem como valor agregado: a possibilidade de se gerar sustentabilidade através de uma justa distribuição de renda e um consumo consciente”, destaca Alice Freitas.

Em 2012, a Asta abriu em São Paulo um novo escritório e também um showroom, onde é possível conhecer de perto as peças disponíveis no catálogo e no sistema e-commerce. No Rio de Janeiro, a Asta passará a contar tambémcom uma nova loja , no bairro de Laranjeiras, na zona sul da cidade.

Na web, o público pode ter acesso não só à história da Asta como também consegue adquirir os produtos. Divididas em categorias, as peças desenvolvidas pelos grupos produtivos são apresentadas com fotos, preços e o material utilizado e sua fabricação. O processo de compra é simples, rápido e o consumidor recebe em casa os itens de decoração e acessórios selecionados.

A Asta é também produz brindes corporativos sustentáveis. No desenvolvimento dessas peças, os grupos produtivosutilizam como matéria prima resíduos empresariais, que podem ser desde sobras de tecidos até filtros de café usados.

 

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